A verdade é uma só: a vida
fica bem melhor depois que a gente cresce!Tudo bem que sempre tem aquela
história de querer voltar a ser criança quando as coisas apertam um pouco mais,
quando suas preocupações não se resumem mais a “a qual grupo vou pertencer na
escola”, quando você responde pelos seus atos, e não pode mais ficar em aba de
pai nem mãe, quando você precisa arranjar um emprego, quando começa um namoro
ou quando te apresentam uma coisa chamada monografia. É você lutando por si mesmo.
É claro que sempre tem aquele apoio da família e dos amigos, mas você é o ator principal,
e sem você não existe cena.
Chega uma hora em que você
para pra pensar em quem realmente é, e compara com o que gostaria de ser. Às
vezes, dá vontade de sair correndo e chorar, berrar, espernear até perder a
força, porque você descobre que já perdeu um tempão com um monte de bobagem,
alcançou uma certa idade e ainda não conseguiu ser nem metade do que
gostaria.Não passou nem perto disso!E depois da crise existencial você pensa de
novo e vê que não vai servir pra muita coisa ficar reclamando. Até suas
lágrimas precisam ser poupadas, afinal você não tem muita coisa e nunca se sabe
o futuro, vai que um dia você precisa delas?!Brincadeiras à parte, a gente
percebe que pra conseguir alguma coisa tem que pôr o pé na estrada e batalhar.
Com força, com garra, com fé, mesmo que existam dias em que o desânimo pega a
gente de jeito.
Mas também tem o lado bom,
já que nada na vida é feito só de flores tampouco de dissabores. Depois da
infância, em que a gente quer ser igual às outras crianças até o último fio de
cabelo, e da adolescência em que tudo o que a gente quer é ser diferente
(leia-se notado), chega um momento em que o que queremos de verdade é ser a
gente mesmo. Sem imitações, sem complexos, sem preocupação com o que os outros
vão pensar. Enfim, a gente aprende que pode até ser o melhor que pode, mas enquanto
fizer as coisas para mostrar aos outros, nunca será feliz de verdade. Porque a
gente só é feliz quando consegue parar de se cobrar sem limites e aproveitar o
que temos a possibilidade real de oferecer. A gente só vive em paz quando
transparece, quando carrega no peito a alma desnuda, sem neuras, aceitando as
particularidades da nossa vida, que nos fazem tão distintos, sem deixar de se
assemelhar.
Um belo dia (e é belo
mesmo!) a gente descobre que aprendeu a se amar e caiu na real de que bom mesmo
é viver sem esquentar a cabeça com a opinião alheia, e que aquilo que nossos
pais sempre disseram sobre ter vida, saúde, casa e comida é mesmo um grande
motivo para se agradecer. Já existem regras suficientes pra ficar criando
outras desnecessárias. Quanto mais livre melhor, quanto mais tranquilo, mais
qualidade de vida. No dia (o belo dia) em que a gente se aceita, fazemos as
pazes com a pessoa mais importante do nosso mundo. E passamos a achar bonito o
que é só nosso. Um cabelo meio rebelde, um nariz meio torto, uns quilos a mais
(ou a menos),umas sardas no rosto,um jeito meio engraçado de falar, um
sobrenome ou a história da vida.Quando crescemos e chegamos na melhor idade,
descobrimos que a vida pode ser muito melhor do que a gente achava quando
criava problema por tudo.Mas, certo é que precisávamos mesmo pensar diferente
pra amadurecer e mudar de opinião.Tem gente que diz que a vida começa aos 30,
outros aos 40, 50, 60.E dizem que depois dos 20 o tempo voa.Deve ser porque a
partir daí as coisas só melhoram, já que tudo o que é bom dura pouco.
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