domingo, 13 de fevereiro de 2011

O nosso eu



Ser humano é mesmo um bicho muito estranho!
Fico realmente admirada quando penso no quanto é fácil,para algumas pessoas,compreender facilmente os problemas,dificuldades e defeitos dos outros,e tão difícil compreender a sua própria fragilidade.
No outro a gente aceita,e quer até ajudar.Na gente não.
Precisamos entender que não somos de ferro,e que se culpar,fechar os olhos diante dos obstáculos,ou querer carregar o mundo nas costas,não são as melhores soluções.
Também somos pessoas.Precisamos de amor,carinho,atenção,compreensão,e às vezes,apenas de um:”Ei,não seja bobo!Eu estou com você!”.
Temos uma necessidade enorme de aceitação ,por isso,muitas vezes escondemos aquilo que há de (supostamente)feio em nós.
Superar barreiras com amor é mais fácil.
A gente vai caminhando,sendo estimulado a dar um sorriso aqui,outro ali...E quando se dá conta,o caminho já era,e o sorriso está mais sincero e bonito que nunca!
Precisamos aprender a nos dar as mãos,e até gritar por socorro,pedir ajuda quando for preciso.
Precisamos aplicar as nossas teorias também em nossas próprias vidas.Não somos perfeitos.
Pessoas fazem a gente olhar por outros ângulos,ver o que até então não tínhamos visto.E que jamais enxergaríamos a sós.Emprestam-nos lentes diferentes das nossas.Fazem a gente rasgar a dor e ver que não era tão ruim quanto se pensava e, até que pode acabar sendo uma boa experiência.
Eu sei que não é fácil se mostrar,exatamente como a gente é,mas sozinho tudo fica mais difícil.
Depois que alguém nos obriga a aceitar ajuda,a gente vê!=)


“Vem de mansinho a brisa e me diz que é impossível ser feliz sozinho!”

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sobrevivência


Eu, como boa romântica, sempre acreditei que o coração explica tudo aquilo que a gente não sabe direito. E essa é a mais pura verdade: o coração, sábio, resolve a nossa vida num passe de mágica. Basta a gente acreditar no que ele diz e, principalmente, se permitir.
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Ninguém disse que é fácil se relacionar. É por isso que muitos têm medo. É por isso que tantos outros preferem relações de uma noite, um final de semana, um mês. É por isso que muita gente troca de parceiro como quem troca de calcinha. Relações duradouras e casamentos longos são espécies raras hoje em dia.
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Já tive medo também. Medo do encontro comigo, receio do encontro com o outro. Um pavor de perder o que conquistei - e o que deixei a vida me ensinar. Um medo, forte, de não me reconhecer, de pedaços meus fugirem (para nunca mais voltarem). Bate uma aflição: e o meu espaço, e eu, e nós, e o que eu queria para a minha vida?
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Acho injusto a gente se esvaziar de sonhos, de amigos, de outros amores, de planos, de coisas que nos fazem bem. Para mim, a vida é soma: a gente junta uma coisa com a outra, vai enchendo o coração, preenchendo nossos espaços. É bem verdade que muitas vezes precisamos mandar tudo embora para recomeçar novamente. Mas o importa é que a gente nunca deixe de se enxergar no espelho e se ver no fundo.
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Certas dúvidas sacodem minhas certezas. Certos passos em falso abalam meu caminhar. A gente é tão pequeno, tão humano, tão simples. E a vida, meu amigo, é tão complexa, complicada, difícil. Será mesmo? O amor é tão simples. Um mais um é dois. E assim vamos somando. Mas e a vida? E o dia a dia? O amor e a cabana vão bem, obrigada. Mas a vida real grita lá fora, toca meu rosto e diz: o futuro pertence ao futuro. Ninguém sabe o que virá. E é isso que pouco a pouco mata. Ou, enfim, é o que nos faz lutar para sobreviver todos os dias.

Clarissa Corrêa.

"Vivemos esperando o dia em que seremos melhores.Melhores no amor,melhores na dor,melhores em tudo.Dias melhores pra sempre!"

P.S:Estou tendo um problema com a postagem de imagens.Voltarei a usá-las em breve.

A verdade sobre os relacionamentos


"Amar é nunca ter que pedir perdão."
(Frase do filme Love Story: Uma história de amor.)
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Há mais ou menos duas semanas, assisti o programa da Oprah. A entrevistada era a atriz Ali MacGraw, grande estrela do sucesso de bilheterias Love Story: Uma história de amor. Em 1970, quando o filme foi lançado, Ali era uma jovem. Hoje, com 70 e poucos anos, ela mora com um gato e um cachorro nas montanhas do Novo México. Longe da fama e dos holofotes, a simpática atriz falou do filme, de como lidou com o sucesso e dos relacionamentos que teve. O par romântico de Ali no drama foi o ator Ryan O'Neal, marido de Farrah Fawcett, que faleceu recentemente.
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Fiquei bastante interessada na entrevista por dois motivos. Primeiro, pela frase do filme "amar é nunca ter que pedir perdão". Segundo, pelas declarações que Ali deu. Ela disse ter aprendido o que é o amor depois de 50 anos, pois tinha dificuldade de relacionamento, de lidar com o outro e consigo mesma. Com isso, perdeu amores, deixou paixões escorrerem pelo ralo. Isso me fez pensar em diversas coisas e escrever o texto que você lê agora.
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Não acho que o amor perdoa tudo. Acredito, sim, que ele pode ser mais forte que qualquer coisa. Ele vence tudo, enfrenta qualquer parada. Mas tudo isso só acontece quando você quer e se permite. A gente precisa se dar uma chance de vez em quando. Alguns vivem com os olhos fechados, sonhando, ao invés de despertarem e enxergarem o que está ao lado deles. O amor é imperfeito, cheio de manias e muitas vezes é um baita mal educado. E tudo bem, pois penso assim: se de vez quando não acordo em um bom dia, por que o amor deveria? A gente se cobra muito e, consequentemente, cobramos coisas do amor. Esquecemos que o amor não nos deve nada. E que devemos, sim, pedir perdão. Amar é ter que pedir perdão quando a gente faz burrada. Quem não faz uma merda de vez em quando? Quem não erra? Se a gente ama, a gente quer que o outro esteja bem. Se a gente pisa na bola e fere o outro, queremos que ele nos perdoe. Por isso, amar é pedir desculpa quando magoamos quem mora dentro da gente. Love Story, você não sabe de nada.
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Não quero descobrir o que é amar daqui a 50 anos. Nem sei se estarei viva até lá, mesmo porque, hoje, tenho certeza que já descobri. Assim como já descobri que não devemos querer que o outro se antecipe. Ninguém tem a obrigação de antecipar os seus desejos. Ah, ele devia saber como me sinto. Não, ele não devia. Se você quer que ele saiba, diga. Se você quer que ela perceba, fale. As pessoas acham que as outras têm bola de cristal. Mais da metade das brigas dos casais acontece porque um acha que o outro deveria saber, ter desconfiado, ter se dado conta, ter visto, ter enxergado. Tá, eu sei, eu sei, eu sei, tá legal? Eu sei que a gente quer que o outro se preocupe com a gente, que nos cuide, mime, ame, carregue no colo, faça bilú-bilú-tetéia, mas peraí, não vamos exigir coisas que não podem ser exigidas.
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A gente está aqui para aprender, para tirar alguma lição dessa vida maluca. Sabe qual o melhor aprendizado? Conviver com pessoas. As pessoas têm coisas lindas e horríveis para nos ensinar. Aprendemos a toda hora, em todo lugar. Aprendemos com relacionamentos, aprendemos quando abraçamos o outro, quando calamos, quando ouvimos, quando beijamos, quando nos irritamos. Aprendemos a cada vez que queremos aprender. O importante é querer estar junto, querer não desistir.
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Ninguém tem a obrigação de saber o que a gente pensa. O que as pessoas devem é respeitar o que pensamos, isso sim. E entenda: ninguém vai pensar como você porque ninguém sente como você. Não queira colocar uma fita métrica imaginária no coração do outro e medir vamos-ver-quem-ama-mais. O amor não tem medidas, números, não cabe na balança. Cada um tem seu jeito, sua forma, sua personalidade. A gente tem que aceitar. Não só o outro, mas a gente mesmo. E viver. 
Clarissa Corrêa.
"Não deixe nada pra depois,não deixe o tempo passar,não deixe nada pra semana que vem,porque semana que vem pode nem chegar."

Sei lá!



É.Talvez eu não saiba mesmo nada sobre o amor.
Talvez eu seja mesmo apenas uma menina boba,que ainda não sabe nada.E acha que sabe.
Talvez eu ainda tenha muito o que aprender e demore para enxergar muitas coisas nesta vida.
Acho engraçado as pessoas acharem que os jovens não sabem de nada.Que ainda têm muito o que viver e que com o tempo vão descobrir as coisas.
Tirando o fato de eu ser suspeita pra falar,não concordo nem um pouco com essa idéia coletiva.
Por que os jovens não sabem de nada?
Se hoje os adultos têm toda essa experiência de vida que dizem ter,é porque um dia  foram jovens e tiveram a oportunidade de construir suas próprias idéias,de vencer seus medos,criar seus ideais,e não ouviram sempre(leia-se quase nunca) os conselhos dos mais velhos.
A cada geração,a população torna-se mais esperta,mais inteligente.
O nível de conhecimento,em todas as áreas,é cada vez maior.Aumenta aceleradamente a desenvoltura de comunicação das crianças.Supera-se,inacreditavelmente,barreiras físicas,intelectuais e etárias.
O ritmo de informação é frenético.Tanto que é praticamente impossível acompanhá-lo.
Você precisa estar atento,saber um pouco de tudo.Informar-se superficialmente de tudo e aprofundar-se no essencial.
As pessoas são cada segundo mais inteligentes,mais preparadas,mais aptas à nova realidade,que se revela no instante seguinte.
O ritmo está acelerado.Acelerado não,aceleradíssimo!
E nesse ritmo constante,incessante,quem foi que disse que os jovens não sabem de nada?Quem foi que disse que os jovens não têm o que ensinar?
Hoje,os pais aprendem a todo o tempo com seus filhos.Os professores aprendem a cada minuto com seus alunos.Os psicólogos aprendem a cada sessão com seus pacientes.
E quem foi que disse que gente que tá aprendendo não pode ensinar? Quem foi que disse que quem já sabe não tem mais o que aprender?
Gente estranha!Gente esquisita!Gente cheia de conservadorismo inaplicável!
A vida tá aí pra todo mundo.E se todo mundo tá vivendo,porque só alguns sabem?
Será que uns anos a mais ou menos fazem tanta diferença assim?A ponto de separar em grupos estários quem sabe e quem não sabe?
Tem tanta gente por aí que já viveu tanto e não tem um pingo de juízo!E outros tantos que ainda cheiram a talco e têm total consciência dos seus atos e controle sobre eles!
É complicado dividir as pessoas em velhos e novos,veteranos e aprendizes!
É triste ver que as pessoas ainda se deixam pautar por discriminações extremamente desnecessárias e irreais.
É comum ter que deixar entrar em um ouvido e sair pelo outro as baboseiras que as pessoas a todo instante despejam sobre nós.É ser forçado a ignorar internamente,constantemente.
Numa sociedade altamente dinâmica,não cabem mais velhos conceitos e paradigmas.Não se encaixam mais modelos e estereótipos.
Ninguém é o que aparenta ser(ou quase ninguém).O ser humano é multilateral e tem várias faces,sem que isso implique em ser falso ou mau caráter.Apenas ninguém é 100% bom,ou 100% ruim.
Todo mundo tem sempre algo a aprender e todo mundo tem sempre algo a ensinar.
Ninguém é tão rico que não precise de nada,e ninguém é tão pobre que não tenha nada a oferecer.
Ninguém é tão pobre que não possa ajudar,e ninguém é tão rico que não precise de ajuda.
Ouvi dizer que a maior dor da vida de um ser humano acontece no instante seguinte ao nascimento: forçar os pequenos pulmõezinhos a respirar,após nove meses de calma e tranquilidade no útero materno.
Jovens,idosos,adultos,crianças : todo mundo já passou por inúmeras experiências na vida,todo mundo já riu,já chorou,já sofreu,já amou.Todo mundo já enfrentou a maior dor da vida!
Todo mundo tem pelo menos um pouco a ensinar.E às vezes,muito mais do que se imagina!
Nunca subestime.Seja quem for.








“Eu vejo um novo começo de era,de gente(...) com habilidade pra dizer mais sim do que não”.

A impontualidade do amor



Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar.
Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Triiiiiiiiiiiimmm!
É sua mãe...
Quem mais poderia ser?
Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada.
Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver.
Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo... ... que você está de banho tomado e camisa jeans.
Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema.
Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina.
Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos Outros, sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio uma locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.
O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste.
Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro.
Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole.
O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: ... o amor é onipresente. Agora a segunda: ...mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. O amor odeia clichês.
Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde... depois de uma discussão e... as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza...
Idealizar é sofrer!
Amar é surpreender!

(Martha Medeiros)