Ser humano é tudo igual. Só
muda, de vez em quando, o nome e o endereço. É claro que cada um tem suas
particularidades, e existe gente bem diferente e de todos os tipos, mas no
essencial, somos todos bem iguaizinhos.
A maioria de nós não tem
dinheiro sobrando pra gastar como bem entender. Temos uma família na qual pensar,
contas a pagar e um futuro a zelar. E todos temos muitos e infinitos desejos
também. A grande maioria, alimentada pelo consumismo. Faça o teste: quando for
comprar algo, pense um pouco mais que o de costume. Pergunte a si mesmo se
realmente aquele objeto é necessário ou se é apenas um desejo. Tente se lembrar
do que você já possui em casa. Veja se já tem alguma outra coisa com a qual
possa utilizá-lo, ou se já tem outra peça parecida, e a nova servirá apenas
para satisfazer seu impulso e depois ficar encostada em algum canto. Vale
também refletir se realmente quer aquele objeto ou se esperaria mais um pouco
para adquirir algo que lhe seria mais útil. Pensado isto, vá em frente. Compre
o balangandã ou desista dele de vez. É impressionante, mas se levarmos
realmente a sério os questionamentos, geralmente a gente desiste.
Trabalhamos para nos manter com
vida, saúde, educação e ter direito a lazer, e é claro, nos permitir uns
agrados de vez em quando. Mas é só de vez em quando. E tem gente que não
entende e acha que tudo é gênero de primeira necessidade. Depois fica por aí,
sem eira nem beira, devendo até a alma. Não que eu tenha a ver com a vida de ninguém
(e graças a Deus por isso!), mas é importante aprender a distinguir o supérfluo
do necessário. Você não precisa de uma televisão de 52 polegadas, nem de um
carro importado e nem de um tênis caríssimo para ser feliz. Se você puder ter,
ótimo!Que bom pra você!Mesmo!Essas coisas podem oferecer um maior conforto sim,
mas ao contrário do que muita gente já chega ao absurdo de pensar, não são
imprescindíveis para que sejamos felizes. A felicidade está muito mais ligada à
sua forma de ver o mundo do que a quanto poder aquisitivo você tem. A prova
disso é que tem tanto ricaço se afundando em divãs, enquanto muita gente, que
sobrevive com salário mínimo, ri o dia inteiro, feliz da vida.
Sempre tem um jeito de resolver
uma situação. Se não tem piscina, tome banho de mangueira; se não dá pra ir ao
show, chame os amigos para assistir ao DVD; se não tem carro, vá de ônibus. O
que não dá, é pra ficar parado, esperando o dia em que, finalmente, tiver
dinheiro pra fazer tudo o que se tem vontade. No fim das contas, o que fará
falta serão as pessoas, as sensações, os momentos e o tempo, que passaram e não
voltarão mais.
Temos uma concepção ilusória de que o dinheiro
é a fonte de todos os prazeres. E enquanto pensarmos assim, nunca seremos
plenamente felizes e nunca saberemos aproveitar de verdade a vida.Quem muito
pensa no amanhã, acaba por não viver o hoje.Assim como é inútil um aparelho
eletrônico para quem nada entende de tecnologia, ter dinheiro sem saber
enxergar as belezas mais simples é estar fadado à infelicidade.Nem todos os
momentos podem ser comprados,os amigos de verdade não têm preço e tudo bem que
você precisa pagar um bom plano de saúde,mas não fosse o seu ritmo frenético de
trabalho, você estaria num clube,numa praia, ou sabe-se lá onde, bem longe de
um hospital.
Parece que as pessoas vêm se
esquecendo, com intensa rapidez, que tudo o que vem de fora corre sempre o
risco de se perder. Não há dinheiro no bolso que enfie juízo na cabeça ou
sentimento no coração. Dinheiro não cria felicidade, apenas facilita os
caminhos de quem sempre soube ser feliz.
Um comentário:
Arrasou hein!! Mandou bem mesmo! Afinal, o que nos resta é tentar ser feliz! Forte abraço!
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